998 resultados para Agentes antiinflamatórios Teses


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A cistite hemorrgica (CH) consiste em um processo inflamatrio difuso de origem infecciosa ou no que resulta em um sangramento da mucosa vesical. As CH crnicas recorrentes induzidas pela ciclofosfamida (CYP) so um desafio na prtica clnica pela alta morbidade e por vezes mortalidade dos pacientes. O tratamento da CH induzida pela ciclofosfamida consiste no uso de MESNA, disulfiram, N-acetil-cistena, anti-inflamatrio, oxignio hiperbrico, hiper-hidratao e irrigao vesical, mas novas terapias tm sido investigadas, inclusive usando produtos naturais. A espcie vegetal Chenopodium ambrosioides L., conhecida popularmente como mastruz, mastruo e erva-de-Santa-Maria, tem sido relatada pela populao como anti-inflamatrio e analgsico. O presente estudo investigou os efeitos do extrato bruto hidroalcolico de folhas de Chenopodium ambrosioides na CH induzida pela ciclofosfamida em ratos. Vinte e nove ratos receberam 150 mg/kg de CYP por via intraperitoneal (i.p.) para induo de CH e em seguida foram divididos em trs grupos: controle negativo (CN), tratados com soro fisiolgico a 0,9%; extrato bruto hidroalcolico de Chenopodium ambrosioides (EBHCa), tratado com dose nica de 50 mg/kg de extrato bruto hidroalcolico de Chenopodium ambrosioides (EBH) e controle positivo (CP), tratados com dose nica de 15 mg/kg de diclofenaco de potssio, todos por gavagem. Aps 48 horas da induo da CH os animais foram sacrificados para retirada da bexiga, que foi preparada para anlise histopatolgica e imuno-histoqumica. O EBH foi capaz de diminuir o peso da bexiga e histologicamente a inflamao aguda e crnica da bexiga, a extenso do infiltrado inflamatrio na parede vesical e a neoformao capilar do mesmo modo que o diclofenaco de potssio, quando comparados ao grupo CN. Observou-se ainda uma reduo da expresso imuno-histoqumica de cicloxigenase-2 (COX-2) e do fator nuclear kappa B (NFB) na bexiga. No presente estudo o EBH das folhas de Chenopodium ambrosioides apresentou atividade anti-inflamatria, semelhante ao diclofenaco de potssio, no tratamento da CH induzida pela CYP.

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Nosso objetivo foi determinar que tipo de estatina pode atenuar a leso pulmonar aguda (LPA) induzida por lipopolissacardeo (LPS) em camundongos da linhagem C57Bl/6. Trinta camundongos machos ( 23 g) foram divididos em 5 grupos (n=6 cada): grupo LPS (10 mg/kg) administrado intraperitonealmente (i.p.), LPS mais atorvastatina (10 mg/kg/dia; grupo LPS+A), LPS mais pravastatina (5 mg/kg/dia; grupo LPS+P) e LPS mais sinvastatina (20 mg/kg/dia; grupo LPS+S). O grupo controle recebeu salina i.p.. Em um grupo separado de camundongos (n=5), a soma das presses pulmonares resistivas e viscoelsticas (DeltaPtot) e elastncia esttica (E[st]) foram medidas. Um dia aps a administrao de LPS os camundongos foram sacrificados (24 h) por deslocamento cervical e logo em seguida foi realizado lavado broncoalveolar (LBA). Os pulmes foram removidos para anlise histopatolgica e homogeneizados para anlises bioqumicas (ELISA, catalase, superxido dismutase, mieloperoxidase, substncias reativas ao cido tiobarbitrico, carbonilao de protenas e mtodo de Griess). A quantidade de leuccitos foi menor no grupo LPS+P (p<0,01) e LPS+S (p<0,05) em comparao ao grupo LPS. Os nveis de MCP-1 e IL-6 reduziram no grupo LPS+P (p<0,01), enquanto o grupo LPS + S mostrou reduo apenas nos nveis de IL-6 (p<0,05) em comparao ao grupo LPS. Marcadores redox (superxido dismutase e catalase) foram menores no grupo LPS+A (p<0,01) em comparao ao grupo LPS. A peroxidao lipdica (malondialdedo e hidroperxidos) diminuiu em todos os grupos tratados (p<0,05) quando comparados ao grupo LPS. A mieloperoxidase foi menor no grupo LPS+P (p<0,01) quando comparado ao grupo LPS. DeltaPtot e E(st) foram, significativamente, maiores no grupo LPS do que nos outros grupos. Nossos resultados sugerem que atorvastatina e pravastatina, mas no a sinvastatina, exibiram aes anti-inflamatrias e antioxidantes na LPA induzida por LPS.

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Por serem organismos filtradores, os mexilhes devem ser extrados para consumo somente de guas com padres microbiolgicos regulamentados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, uma vez que intoxicaes alimentares de origem bacteriana so as consequncias mais comuns relacionadas ao consumo destes moluscos. Aps a retirada dos costes, estes organismos passam por processos de fervura, lavagem, acondicionamento em sacos plsticos e transporte at a chegada ao mercado onde so comercializados; etapas estas, realizadas sem cuidados asspticos. Objetivando avaliar a qualidade microbiolgica de mexilhes Perna perna coletados na praia de Itaipu, Niteri, RJ; aps a sua fervura; e comercializados no Mercado So Pedro, foram realizadas contagens de coliformes totais e termotolerantes e pesquisa de Escherichia coli, Salmonella spp. e Vibrio spp. por metodologia convencional e molecular em amostras obtidas destes locais. Pelo teste de disco-difuso foi observado o perfil de resistncia das cepas isoladas. Do total de amostras analisadas (27) apenas 3 dos mexilhes que sofreram processo de aferventao, 1 do comercializado e 3 do in natura, se encontravam dentro dos padres aceitveis pela legislao. No houve diferena significativa entre as contagens de coliformes termotolerantes dos diferentes mexilhes analisados, mas sim entre os perodos seco e chuvoso. Somente uma das nove coletas de gua mostrou-se prpria para o cultivo de mexilhes (at 14 CF/mL). Foram isoladas e caracterizadas fisiolgicamente, 77 estirpes da espcie E. coli, sendo confirmadas molecularmente por PCR os sorotipos EPEC, STEC e EAEC; 4 cepas Salmonella spp. sendo apenas uma confirmada por PCR; e das 57 cepas caracterizadas como Vibrio spp., 51 foram confirmadas por PCR, sendo 46 Vibrio spp., 2 V. cholerae, 1 V. vulnificus, 1 V. parahaemolyticus e 1 V. mimicus. Entre as estirpes de E. coli, 13% apresentaram multirresistncia e 15,6% apresentaram resistncia mltipla. A estirpe de Salmonella spp. se mostrou sensvel a todos os antimicrobiados testados. Das estirpes de Vibrio spp. testadas, 68,6% apresentaram multirresistncia e 72,5% apresentaram resistncia mltipla. A partir da pesquisa de genes direto do caldo de enriquecimento foi possvel detectar todos os genes pesquisados, com exceo para os sorotipos de Salmonella e V. cholerae. Baseado nos resultados do presente trabalho pode-se inferir que os mexilhes, amplamente comercializados no municpio de Itaip, podem se constituir em risco para a sade pblica dos consumidores no Rio de Janeiro, necessitando dos rgos competentes uma eficiente fiscalizao nos pontos de venda e cultivo destes moluscos.

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As estatinas so frmacos inibidores competitivos da enzima hidroxi-3-metil-glutaril Coenzima A (HMGCoA) redutase, amplamente utilizados para o controle da hipercolesterolemia total e, em especial, para a reduo dos nveis sricos de LDLc (Low Density Lipoprotein cholesterol). Alm do efeito primrio, esses frmacos apresentam vrios efeitos secundrios, chamados de efeitos pleiotrpicos, envolvendo atividade anti-inflamatria, antitumoral e antiparasitria. Para o desenvolvimento de inovaes na rea de qumica medicinal imprescindvel avaliar o risco de efeitos adversos para sade ou, em outras palavras, a segurana teraputica do novo produto nas condies propostas de uso. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi investigar a genotoxicidade de quatro anlogos inibidores da biossntese de lipdios, da classe das estatinas, em modelos experimentais in vitro, testados previamente contra o clone W2 de Plasmodium falciparum a fim de se obter o IC50 dessas molculas frente ao patgeno. Foram desenvolvidas quatro novas molculas (PCSR02.001, PCSR09.001, PCSR08.002 e PCSR10.002). Para a avaliao da toxicidade, foram realizados o teste de mutagenicidade bacteriana (teste de Ames), o ensaio de viabilidade celular utilizando o reagente WST-1 e o ensaio de induo de microncleos, ambos utilizando uma linhagem ovariana (CHO-K1) e uma linhagem heptica (HepG2). Levando em conta o fato de nenhuma das amostras ter induzido efeitos mutagnicos nas linhagens de S. enterica sorovar Typhimurium, e PCSR10.002 ter apresentado citotoxicidade sugere-se ento que este composto seja o mais txico. Comparativamente, PCSR10.002 foi mais genotxico e citotxico para a linhagem CHO-K1 do que para a linhagem HepG2. PCSR02.001 apresentou elevado potencial genotxico para clulas ovarianas, mas no foi capaz de induzir a formao de microncleos em clulas hepticas, apresentando, portanto um perfil similar ao observado em PCSR10.002. Assim como a atorvastatina, PCSR09.001 apresentou elevado potencial pr-apopttico para a linhagem de hepatcitos. J PCSR08.002, apresentou aumento na apoptose de CHO-K1. A induo de apoptose no necessariamente um evento negativo, j que pouco lesiva e responsvel pela eliminao de clulas danificadas. Porm, as respostas de apoptose induzidas por esse composto foram muito inferiores quelas induzidas pela atorvastatina (cerca de 4 vezes menor que a atorvastatina). PCSR08.002 foi aquele se mostrou menos txico e essa amostra foi a que teve menor risco relativo, em uma anlise global das respostas de citotoxicidade e no demonstrou ter potencial genotxico para as linhagens utilizadas nesse estudo. Conclui-se, portanto, que a anlise da atividade toxicolgica utilizando modelos experimentais in vitro dessas estatinas constitui um importante passo para o estabelecimento de novos candidatos frmacos com maior segurana.

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A utilizao de biomarcadores cardioespecficos vem sendo recomendado como ferramenta til na monitorao e identificao precoce de leso cardaca, em decorrncia do potencial de cardiotoxicidade da teraputica oncologica. O objetivo do presente estudo foi avaliar o nvel plasmtico do peptdeo natriurtico do tipo B (BNP) e da expresso gnica do BNP e outros genes relacionados a sua sntese, a interleucina-6 (IL-6), fator &#946;1 de transformao de crescimento (TGF-&#946;1) e procolgeno tipo I, mediante a associao dos agentes antineoplsicos docetaxel e ciclofosfamida (TC) e da radiao ionizante (IR) no corao de ratas Wistar, 2 meses aps o trmino do tratamento. Para isso, Ratas Wistar (3-4 meses, n=7) foram irradiadas no corao com dose nica de 20Gy, em um campo ntero-posterior de 2x2cm2, em acelerador linear com feixe de energia nominal de 6 MeV; outras (n=7) foram tratadas (4 ciclos, com 7 dias de intervalo) com docetaxel (12,5 mg/Kg) e ciclofosfamida (50 mg/Kg) e irradiadas aps 7 dias do tratamento quimioterpico. Como controle (n=7), animais no irradiados e no tratados com quimioterpicos. Aps 2 meses do fim do tratamento, a eutansia dos animais foi realizada. Amostras de plasma e tecido cardaco, ventrculo esquerdo (VE), foram coletadas. Por ensaio ELISA foi quantificada a concentrao plasmtica de BNP; parte do tecido cardaco foi fixado, includo em parafina e cortado em micrtomo, para assinalar a presena de BNP no VE, avaliao qualitativa, pela tcnica de imunohistoqumica (IHQ); e a outra parte para a tcnica RT-qPCR, onde foram avaliados a expresso relativa de mRNA dos genes do BNP, IL-6, TGF-&#946;1 e procolgeno tipo I. Na IHQ o grupo controle apresentou uma marcao pontual, enquanto que os grupos tratados apresentaram uma marcao mais difusa, sendo que o grupo TC+IR foi o que apresentou maior disperso na marcao do BNP no tecido cardaco. Embora no tenha sido observado no ensaio ELISA uma diferena significativa entre as concentraes plasmticas de BNP dos grupos tratados em relao ao controle, nota-se uma tendncia de aumento no grupo TC+IR. Na analise por RT-qPCR, a expresso relativa de BNP foi similar ao apresentado no ELISA. O grupo TC+IR foi o grupo que apresentou maior expresso gnica de BNP, porm a diferena no significativa em relao ao controle. A nica anlise em que se obteve diferena na expresso gnica em relao ao controle foi a do gene IL-6 que apresentou expresso reduzida. Todos os demais genes analisados por RT-qPCR apresentaram uma expresso similar ao controle. Assim, os resultados obtidos sugerem que o BNP no se apresentou como um bom biomarcador cardioespecfico para identificao precoce de leso cardaca, no perodo a qual foi avaliado. As ratas Wistar, 2 meses aps a submisso do tratamento, no apresentaram um resultado diferenciado em relao ao controle, nos genes TGF-&#946;1 e procolgeno tipo I, sugerindo ausncia de um quadro de remodelamento cardaco. Entretanto, apresentou reduo significativa do gene IL-6, no grupo TC+IR, propondo ao anti-inflamatria do BNP, que no mesmo grupo, apresentou uma tendncia de aumento em sua expresso gnica.

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A hipertenso arterial sistmica (HAS) um problema de sade pblica, geralmente associada a outras doenas, como obesidade, diabetes, doena renal, aterosclerose, acidente vascular cerebral (AVC) e identificado como um dos fatores de risco mais prevalentes para o desenvolvimento de doenas cardiovasculares. Orgos-alvo, como corao, rins, crebro e olhos, so comumente afetados em pacientes hipertensos. No entanto, o dano testicular causado pela hipertenso no foi claramente definido. A hipertenso um fator de risco bem estabelecido para a disfuno ertil, mas sua relao com o dano testicular e a fertilidade masculina no claramente compreendida. Este estudo avalia a morfologia testicular e alguns parmetros espermticos de ratos espontaneamente hipertensos (SHR), virgem de tratamento e tratados com enalapril. Ratos SHR foram distribudos em dois grupos, um grupo hipertenso (H), e um grupo tratado com enalapril (HE). Ratos Wistar-Kyoto (WKY) foram utilizados como controles. A presso arterial sistlica foi medida semanalmente, at o final do experimento. A concentrao de espermatozides, motilidade e viabilidade foram determinadas em amostras coletadas da cauda do epiddimo. Mtodos estereolgicos foram usados para analisar objetivamente a morfologia testicular macroscopicamente e microscopicamente. Todos os dados foram analisados por ANOVA com ps-teste de Tukey, considerando p <0,05. Ao final do experimento a presso arterial sistlica no grupo HE (153,9 mmHg 21,03 ) foi semelhante a dos animais pertencentes ao grupo WKY (153,4 24,41) e menor que a dos animais H (205,1 24,9). A concentrao espermtica do grupo H (1,31 x 107 sptz/ml 0,27) foi inferior do grupo WKY (2,11 x 107 sptz/ml 0,34), entretanto o controle da presso arterial com o enalapril melhorou este parmetro e a concentrao espermtica do grupo HE (2,46 x 107 sptz/ml 0,54) foi semelhante a do WKY. A densidade volumtrica vascular tambm foi alterada no grupo de hipertensos, enquanto que os animais do grupo HE foram semelhantes aos controles. O epitlio seminfero dos animais HE apresentou a maior densidade volumtrica, indicando um possvel efeito protetor indireto do enalapril na espermatognese. Neste modelo animal, a HAS promoveu alteraes morfolgicas no testculo, com conseqncias sobre a produo de espermatozides. O controle da presso arterial com o enalapril protegeu o testculo destas alteraes, restabelecendo a produo normal dos espermatozides.

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O nmero de mulheres jovens infectadas pelo HIV-1 vem crescendo desde o incio da epidemia da aids, principalmente nos pases em desenvolvimento, onde a frequncia de gravidez elevada. O desenvolvimento de estratgias para evitar a transmisso vertical tem aumentado o nmero de recm-nascidos no infectados nascidos de gestantes portadora do vrus. O objetivo da presente tese foi avaliar, in vivo e in vitro, o perfil de citocinas de neonatos no infectados, porm nascidos de mulheres infectadas pelo HIV-1. Os resultados demonstraram elevados nveis de citocinas pr-inflamatrias relacionadas ao fentipo Th17, associadas baixa produo de IL-10, tanto nos plasmas quanto nos sobrenadantes das culturas de clulas T ativadas obtidas do sangue do cordo umbilical de neonatos nascidos de gestantes infectadas pelo HIV-1 com cargas virais plasmticas(PVL) detectveis. De modo interessante, um perfil similar pr-inflamatrio foi observado em amostras de sangue perifrico de suas respectivas mes. Por outro lado, nveis elevados de IL-10, associados reduzida produo de citocinas inflamatrias, foram dosados no sangue e nos sobrenadantes das culturas de clulas T ativadas de gestantes que controlavam a PVL, assim como de seus neonatos. Com relao caracterizao fenotpica das clulas T maternas produtoras de IL-10, a anlise por citometria de fluxo demonstrou que essa citocina majoritariamente produzida por clulas T CD4+Foxp3-. Curiosamente, a replicao viral in vitro do HIV-1 foi inferior nas culturas das gestantes infectadas pelo HIV-1 e foi relacionada aos efeitos inibitrios da IL-10 sobre a produo de TNF-&#945;. Por fim, os neonatos no infectados expostosin utero terapia antirretroviral (ART) apresentaram um menor peso ao nascer, e este achado foi inversamente correlacionado com os nveis perifricos maternos de TNF-&#945;. Em concluso, nossos achados sugerem que gestantes que conseguem controlar a PVL, e o incremento na produo de IL-10 materna possam favorecer a expanso das clulas Tr-1, as quais podem auxiliar em reduzir o risco de transmisso vertical do HIV-1 por reduzir a taxa de replicao viral. Por outro lado, outros resultados tambm apresentados aqui, apesar de preliminares, revelaram efeitos adversos da replicao viral e da ART em gestantes infectadas pelo HIV-1 no desenvolvimento funcional das clulas T de neonatos no infectados. Esses dados podem ajudar a explicar por que algumas dessas crianas apresentam elevado risco morbidade e mortalidade devido a um estado basal de hipersensibilidade patolgica.

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A sndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS), causada pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV), uma das mais destrutivas epidemias do mundo, e a infeco pelo HIV em mulheres jovens vem aumentando rapidamente nos dias atuais. Esse fato tem um impacto importante na transmisso vertical do vrus. Apesar da grande maioria dos casos de aids peditrica em todo mundo resultar da transmisso vertical, aproximadamente dois teros das crianas expostas ao HIV durante a vida fetal no so infectadas pelo vrus. Muitos trabalhos sugerem que durante a gestao doenas infecciosas maternas podem ter consequncias complexas para o desenvolvimento do feto, e poucos trabalhos tm explorado o impacto da exposio ao HIV sobre a responsividade imunolgica de crianas no infectadas a diferentes estmulos, particularmente na era das drogas antirretrovirais. Portanto, esse trabalho teve como objetivo avaliar eventos imunes em neonatos no-infectados expostos ao HIV-1 nascidos de gestantes que controlam (G1) ou no (G2) a carga viral plasmtica, usando neonatos no expostos como controle. Para tanto, sangue do cordo umbilical de cada neonato foi coletado, plasma e clulas mononucleares foram separados e a linfoproliferao e o perfil de citocinas foram avaliados. Os resultados demonstraram que a linfoproliferao in vitro induzido por ativadores policlonais foi maior nos neonatos do G2. Entretanto, nenhuma cultura de clula respondeu a um conjunto de peptdeos sintticos do envelope do HIV-1. A dosagem de citocinas no plasma e nos sobrenadantes das culturas ativadas policlonalmente demonstrou que, enquanto a IL-4 e IL-10 foram as citocinas dominantes produzidas nos grupos G1 e controle, a secreo de IFN-&#947;, IL-1&#61538;, Il-6, IL-17 e TNF-&#945; foi significativamente superior nos neonatos G2. Nveis sistmicos de IL-10 observados dentre os neonatos G1 foram maiores naqueles nascidos de mes tratadas com drogas inibidoras da transcriptase reversa do vrus. Por outro lado, nveis superiores de citocinas inflamatrias foram observados dentre estes nascidos de gestantes tratadas com terapia antirretroviral de alta eficcia. Em resumo, nossos resultados indicam uma responsividade imune alterada em neonatos expostos in utero ao HIV-1 e refora o papel do tratamento materno anti-viral com drogas menos potentes em atenuar tais distrbios.

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Os enterococos esto amplamente distribudos no ambiente. Nos seres humanos, compem a microbiota do trato gastrintestinal, da cavidade oral e do trato geniturinrio. Nas ltimas dcadas, esses microrganismos se tornaram importantes agentes etiolgicos de infeces hospitalares. Uma caracterstica marcante desses microrganismos a resistncia intrnseca a vrios antimicrobianos utilizados habitualmente no tratamento de infeces, alm de alguns fatores que tem sido relacionado virulncia de enterococos. Este estudo investigou a presena de enterococos em amostras de infeco e colonizao de pacientes hospitalizados, profissionais de sade, dietas hospitalares e manipuladores de alimentos. Foram analisadas 276 amostras de colonizao, de quadros de infeco, dietas orais e manipuladores de alimento. No foram recuperadas amostras dos profissionais de sade. Todas as amostras foram submetidas a testes convencionais de caracterizao do gnero e espcies. Testes de susceptibilidade aos antimicrobianos foram empregados pelo mtodo de disco difuso, alm da CIM para vancomicina e teicoplanina. A produo de biofilme e a expresso da gelatinase tambm foram avaliadas. Os genes de resistncia a gentamicina, estreptomicina e vancomicina e os genes de virulncia cylA, esp e fsr foram pesquisados pela tcnica de PCR. O polimorfismo gentico foi determinado por PFGE. A espcie E. faecalis foi a prevalente nas amostras isoladas de colonizao e infeco (42,2% e 81,9%, respectivamente). E. casseliflavus (58,9%) foi a mais freqente dentre as amostras das dietas hospitalares e E. faecium (46,7%) de manipuladores. Dentre as amostras de colonizao as maiores taxas de resistncia foram observadas para eritromicina (76,3%) e ciprofloxacina (53,9%). Dentre as amostras de infeco, >70% foram resistentes a eritromicina, ciprofloxacina e tetraciclina. Resistncia a nveis elevados de gentamcina (HLR-GE) e estreptomicina (HLR-ST) foi detectada em 24,6% e 20,4% das amostras, respectivamente, e todas foram portadoras dos respectivos genes. A maioria das amostras de colonizao (52,6%) e infeco (55,7%) foram multirresistentes. A taxa para resistncia a nveis elevados de vancomicina foi de 5,2% e todas eram portadoras do gene vanA. Em relao a formao de biofilme, 70,2% foram produtoras, com uma maior freqncia dentre as de infeco. A expresso de gelatinase foi detectada em 28,9% e 44,3% das amostras de colonizao e infeco, respectivamente. Nenhuma das amostras isoladas das dietas hospitalares e de manipuladores expressou gelatinase. Nas amostras pertencentes as espcies E. faecalis e E. faecium (n=109) 16,5%, 51,4% e 48,6% apresentaram produtos de amplificao referentes aos genes cylA, esp e fsr, respectivamente. A anlise do polimorfismo gentico revelou uma extensa diversidade dentre as amostras pertencentes as espcies E. faecalis e E. faecium, no acarretando um perfil eletrofortico prevalente. Entretanto, foi observado um perfil nico dentre as amostras de E. gallinarum resistentes a vancomicina (vanA). Este estudo mostrou que amostras de enterococos isoladas de diferentes fontes, no s de quadros infecciosos, podem representar um risco para a populao, apontando para uma maior reflexo quanto ao papel desses microrganismos nas infeces humanas, particularmente no ambiente hospitalar.

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Os mecanismos de ao citotxica do inibidor de histona deacetilase LBH589 foram investigados em associao com o quimioterpico cisplatina (CDDP) em duas linhagens derivadas de cncer de pulmo de no pequenas clulas (CPNPC). Os resultados foram analisados em relao ao tipo de morte celular associada s alteraes em enzimas relacionadas ao metabolismo energtico e a via glicoltica. Para realizao do trabalho, foram utilizadas as linhagens tumorais A549 (selvagem para o gene de p53) e Calu-1 (nulo para o gene de p53) tratadas com LBH589 em combinao ou no com CDDP. Foram realizadas curvas de tempo e dose-resposta com as drogas isoladamente pelo ensaio de viabilidade celular (MTT) nas duas linhagens para a escolha das melhores condies para o nosso estudo. As condies dos tratamentos isolados com reduo da viabilida celular menores que o IC50 de cada frmaco foram selecionados para realizao dos tratamentos combinados. As avaliaes de apoptose foram realizadas por citometria de fluxo pelo ensaio de Anexina V/PI, e com a marcao de protenas por Western Blotting. As protenas relacionadas a via glicoltica foram avaliadas por Western Blotting e a expresso de RNAm por qPCR. Os resultados demonstraram que o LBH589 combinado a CDDP foi capaz de induzir apoptose em 70% das clulas (Calu-1) e 54,9% (A549) no tempo de 24 horas, e 90% (calu-1) e 62,1% (A549) em 48 horas, independendo, portanto, do status da p53. Os nveis de expresso de enzimas relacionadas com o metabolismos energtico tambm sofreram alteraes nos tratamentos estudados. O LBH589 induziu aumento de cerca de 4x dos nveis de RNAm de HK isoformas I e II em ambas as linhagens. Houve tambm um aumento na expresso proteica das isoformas de HK I e II. Outras enzimas relacionadas a via glicoltica como PFKP, PKM2 e LDHA foram analisadas e apresentaram reduo da expresso proteica, principalmente na presena do LBH589. A combinao da CDDP com LBH589 parece ser promissora para o tratamento de CPNPC induzindo apoptose atravs de alteraes no metabolismo energtico tumoral.

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Considerando que as doenas cardiovasculares representam a maior causa de mortalidade e morbidade em pases ocidentais, a aterosclerose se destaca pelo fato de predispor os pacientes ao infarto do miocrdio, a acidentes vasculares cerebrais e a doenas vasculares perifricas. Neste contexto, a oxidao de lipoprotenas do plasma, particularmente LDL, um dos fatores de risco para eventos cardiovasculares, pois reconhecida e internalizada por macrfagos, ocasionando a sua diferenciao em foam cells. Diversos fatores participam deste processo de diferenciao, como a expresso de receptores de scavenger CD 36, proporcionando aumento na captao de LDL oxidada, aumento na sntese endgena de colesterol e ativao de fatores nucleares que iniciam a transcrio de protenas especficas e fatores de crescimento que disparam a aterognese. Os fenmenos celulares relacionados apoptose tambm so de especial importncia, tanto no desenvolvimento da leso aterosclertica como na estabilidade da placa e formao de trombos. As prostaglandinas (PGs) ciclopentennicas (CP-PGs), em particular a PGA2 e a 15-desxi-12,14-PGJ2 so uma classe especial de PGs que, em diminutas concentraes, disparam a expresso das protenas de choque trmico (hsp), que so citoprotetoras. Alm disso, CP-PGs bloqueiam a ativao do fator nuclear pr-inflamatrio NF-B tornando-as potentes agentes antiinflamatórios. Embora as PGs das famlias A e J guardem uma srie de caractersticas em comum, a 15-desxi-12,14- PGJ2 o ligante fisiolgico do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, enquanto as PGs da famlia A ativam apenas a via citoprotetora das hsp. Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos das CP-PGs sobre a expresso gnica de fatores relacionados diferenciao de macrfagos em foam cells, bem como protenas reguladoras do processo de apoptose, em clulas da linhagem pr-monoctica humana U937. Para tal, as clulas foram tratadas com CPPGs em presena e/ou ausncia de LDL nat e LDL ox, o RNA foi extrado para a realizao de RT-PCR para PPAR-, CD 36, HMG-CoA redutase e protenas de apoptose Caspase 3, p53 e Bcl-xL. O tratamento estatstico utilizado foi anlise de varincia (ANOVA one-way) e teste t de student, com resultados expressos como mdias + desvios-padro da mdia, com P<0,05. Os resultados obtidos demontraram que as CP-PGs PGA2 (20M-24h) e PGJ2 (1,5M-24h) inibiram a expresso gnica do fator nuclear PPAR- (64 % (PGA2), 88 % (15- d-PGJ2)) nas clulas U937, em presena de LDL oxidada, quando comparado ao controle. PGA2 inibiu a expresso de HMG-CoA redutase (33 %), enzima chave da sntese de colesterol intracelular, e o tratamento com as CP-PGs tambm inibiu a apoptose nas clulas tratadas em presena de LDL oxidada. Os dados sugerem que as CP-PGs apresentam grande potencial para o tratamento da aterosclerose, j que, alm de apresentarem efeito antiinflamatrio, inibem a expresso do fator nuclear pr-aterognico PPAR-, do receptor de scavenger CD36 (apenas a 15-desxi-12,14-PGJ2) e da enzima HMG-CoA redutase. O bloqueio da apoptose nas clulas estudadas pode estar relacionado citoproteo oferecida por estas PGs. Embora investigaes in vivo deste laboratrio tenham mostrado a eficcia do tratamento com CP-PGs em camundongos portadores de aterosclerose, estudos adicionais so necessrios para esclarecer-se o efeito antiaterognico das mesmas.

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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

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A Aniba canelilla (H.B.K) Mez, conhecida popularmente como casca-preciosa uma espcie da famlia Lauraceae que apresenta ampla distribuio na regio amaznica. O ch das folhas e das cascas so utilizados na medicina popular como digestivo, carminativo e antiinflamatrio. Neste estudo decidiu-se avaliar se esta atividade devida a um de seus principais constituintes, o 1-nitro-2-feniletano. A amostra obtida por purificao do leo essencial de Aniba canelilla possui 97,5% de 1-nitro-2-feniletano foi fornecida pelo Laboratrio de Engenharia Qumica da UFPA. Nos modelos de nocicepo foram realizados os testes da contoro abdominal, placa quente e formalina. Enquanto que nos modelos de inflamao foram realizados a dermatite induzido pelo leo de croton, edema de pata induzido por dextrana e carragenina e peritonite induzido pela carragenina. No teste de contoro abdominal induzido por cido actico, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 15, 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o nmero de contores abdominais. No teste de placa quente (55 0,5 C), o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg no induziu alteraes no tempo de latncia quando comparado ao grupo controle. No teste de formalina, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o estmulo lgico na 2 fase do teste. Alm disso, a antinocicepo foi revertida pela naloxona na segunda fase. Na dermatite induzida pelo leo de croton, o 1-nitro-2-feniletano nas doses de 25 e 50 mg/kg reduziu de maneira significativa o eritema em relao ao grupo controle (inibio de 73% e 79%, respectivamente). Nos edemas de pata induzido por carragenina e dextrana, o 1-nitro-2-feniletano foi capaz de impedir o desenvolvimento do edema, nas doses de 25 e 50 mg/kg, em comparao com o grupo controle. Na peritonite induzida por carragenina, o 1-nitro-2-feniletano na dose de 25 mg/kg reduziu o nmero de clulas globais e o nmero de neutrfilos quando comparado ao grupo controle (inibio de 22,55% e 38,13%, respectivamente). Nossos resultados sugerem que o 1-nitro-2-feniletano tem atividade antinociceptiva e antiinflamatria, provavelmente, de origem perifrica, alm disso, os resultados sugerem que os receptores opiides esto envolvidos no efeito antinociceptivo do 1-nitro-2-feniletano.

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Hyptis crenata (Pohl) ex Benth. uma planta herbcea, medicinal e aromtica, pertencente famlia lamiaceae, conhecida popularmente como salva-do-maraj, malva-do-maraj e hortel-bravo. Distribui-se no esturio do Rio Amazonas, Pantanal e no estado de Minas-Gerais. Seu leo essencial caracterizado pela presena de monoterpenos e sesquiterpenos. utilizada popularmente como sudorfico, tnico, estimulante, bem como para tratar inflamao de olhos e garganta, constipao e artrite. Baseado nessas informaes, decidiu-se avaliar a atividade antinociceptiva e antiinflamatria do leo essencial desta espcie (OEHc) atravs dos seguintes testes: teste das contores abdominais induzidas por cido actico, placa quente, formalina, dermatite induzida pelo leo de croton, edemas induzidos por dextrana e carragenina e peritonite induzida por carragenina. Para a anlise estatstica utilizou-se ANOVA seguida de um mtodo de mltiplas comparaes (Teste de Student-Newman-Keuls ou teste "t" de Student). O leo foi extrado por hidrodestilao, obtendo um rendimento de 0,6%. composto predominantemente por monoterpenos (94,5%). A dose letal media DL50 foi de 5000 mg/kg. Nas contores abdominais induzidas por cido actico o leo (250, 350 e 500 mg/kg) reduziu de forma significante de maneira dose-dependente estas contores em 22,56%, 60,76% e 75,53%, respectivamente, cujo coeficiente de correlao linear foi de r = 0,9341 e DE50 = 364,22 mg/kg. No teste da placa quente, o leo no foi capaz de aumentar o tempo de latncia de maneira significante. No teste da formalina, o OEHc produziu uma inibio da 1 fase em 26,49% e da 2 fase em 43,39%. Alm disso, a naloxona reverteu o efeito do OEHc neste teste. Na dermatite induzida pelo leo de croton, o OEHc reduziu o edema de maneira significante em 44,26%. No edema induzido por dextrana, o leo foi capaz de impedir o desenvolvimento do edema na dose de 364,22 mg/kg de maneira significante em relao ao grupo controle. Porm, no edema induzido por carragenina esta inibio no foi observada. Na peritonite induzida por carragenina, o OEHc reduziu o nmero de leuccitos e o de neutrfilos em 47,55% e 66,47%, respectivamente. A partir dos resultados obtidos, sugere-se que o OEHc apresenta atividade antinociceptiva provavelmente atravs da ao direta sobre as fibras nociceptivas, alm de sugerir que os receptores opiides possam estar envolvidos neste processo; e atividade antiinflamatria provavelmente de origem perifrica. Pode-se sugerir, tambm, que os possveis componentes responsveis por essas aes sejam os compostos monoterpnicos presentes no OEHc.